Ó
Morte, eu te adorei, como se foras
O
Fim da sinuosa e negra estrada,
Onde
habitasse a eterna paz do Nada
As
agonias desconsoladoras.
Eras
tu a visão idolatrada
Que
sorria na dor das minhas horas,
Visão
de tristes faces cismadoras,
Nos
crepes do Silêncio amortalhada.
Busquei-te,
eu que trazia a alma já morta,
Escorraçada
no padecimento,
Batendo
alucinado à tua porta;
E
escancaraste a porta escura e fria,
Por
onde penetrei no Sofrimento,
Numa
senda mais triste e mais sombria.
===
Livro:
Parnaso de Além-Túmulo
Médium:
Francisco Cândido Xavier
Autor
Espiritual: Espíritos Diversos
Ano:
1932